Parte 2 – A ascensão de Garotinho
Não é possível avançar nesta análise sem olhar, ao menos rapidamente, algumas hipóteses desta ascensão. Muitos poderão rir da pretensão de tratar de um tema tão espinhoso e complexo como este numa postagem de um blog. Mas como nós não compactuamos nem com o elitismo e muito mesmo com a covardia da academia em lidar com temas importantes, seguiremos em frente.
Nos finais da década de 80 a sociedade campista estava em rápida transformação, milhares de trabalhadores rurais abandonavam o campo em virtude da crise e “invadiam” a cidade em busca de uma vida melhor. Um dos resultados disso foi um aumento significativo da periferia urbana, mudando a estrutura de classe do município. Os outrora trabalhadores rurais foram se tornando o que tradicionalmente se chama de sub-proletariados, e que nós preferimos chamar “ralé estrutural”. Os olhares de Campos que sempre estiveram voltados para o mundo rural começavam a mudar de direção, o mundo urbano da cidade ficava cada vez mais importante, sobretudo, politicamente.
Essa nova classe que surgia, não estava mais diretamente sobre o controle dos seus antigos patrões proprietários de terras, a velha oligarquia rural campista ainda não tinha se dado conta que os seus dias de glória de sua vida política estavam contados. Os seus antigos empregados agora na periferia urbana, vivendo de bicos e trabalhos informais, tinham mudado de vida e buscavam, claro, “vida nova”, mudanças. Alguém, mesmo que intuitivamente entendeu isso, e se transformou na voz, que vinha pelo rádio, desta mudança. Com um discurso raivoso contra os usineiros, que representavam o ápice da oligarquia rural, esse alguém que todos já sabem quem é começou a se tornar o fenômeno político que presenciamos.
Olhando hoje, parece que Garotinho foi o único a entender as mudanças sociais daquele tempo, perceber qual seria a classe decisiva no jogo político. Ele soube criar um elo de identidade com essa classe, que seria seu grande trunfo na vida política. Mesmo que num momento seguinte Garotinho conseguiu trazer para o seu lado alguns intelectuais, pessoas ligadas à vida cultural do município, uma parte da classe média que misturava brizolistas puro sangue com petistas puro sangue, esse romance foi breve. Garotinho voltou-se para a classe a qual soube criar uma identidade que lhe rendeu e ainda rende muitos frutos.
Vale lembrar que, embora pequena, uma “nova classe média” surgiu entorno de Garotinho. Não era ela no formato que apoiava o PT e Brizola, com professores, bancários e etc, mas sim formada por comerciantes, representantes, novos empreiteiros, sem o capital cultural daquela pequena classe média, mas com um ascendente capital econômico. (Isso é uma hipótese muito intuitiva que precisa ser verificada no debate, contamos com vcs.)
O resultado disso é que Garotinho aniquilou todos os seus adversários políticos, a tropas do general bolinha foram mais destruidoras que a Blitzkrieg de Hitler. A partir de suas vitórias acachapantes, Garotinho não ia saber mais o que eram inimigos externos em Campos, o seu exército não via mais ninguém na sua frente, estavam todos aniquilados. Garotinho teria que enfrentar apenas os inimigos que surgia de suas próprias fileiras, porque os outros não existiam mais. (É da ascensão de Garotinho e dos inimigos surgidos de suas fileiras que surge o “garotismo”).
Dos seus inimigos externos, podemos dizer que, o poder político da velha oligarquia rural sumiu sem deixar filhos. O fim do peso político do mundo rural, foi o fim deles. Eles foram obrigados a lutar numa guerra em que não conheciam bem o território e não dominavam as novas tecnologias de guerra, por isso Garotinho os empurrou para a história. Zezé Barbosa, Rockfeller, Severino Veloso e talvez também Alair Ferreira, sumiram sem deixar herdeiros. É impossível reconhecer alguém na política campista hoje, que tenha uma ligação histórica com estes velhos quadros de nossa política. Talvez, apenas o jornal “A Folha da Manha”, seja o único aliado da velha oligarquia rural, que conseguiu se reinventar, superar o golpe da fundação do jornal “O Diário” e continuar vivo no cenário político da cidade.
Olhar para o quadro dos vereadores que elegemos nos últimos anos, é uma boa forma de ver o tamanho das mudanças políticas que presenciamos. A velha oligarquia rural não elege nem mesmo um vereador, enquanto há um peso muito grande de vereadores que montam sua base de votos na periferia urbana.
Enfim, Garotinho é o grande vitorioso das mudanças na sociedade campista, e como vitorioso, reinventa o jogo da política local e impregna sua maneira de jogar em toda política, não há com analisar a política de Campos, sem olhar para sua ascensão.
Mas o PT de Campos, onde fica nesta história? É o que analisaremos na próxima parte.
Não é possível avançar nesta análise sem olhar, ao menos rapidamente, algumas hipóteses desta ascensão. Muitos poderão rir da pretensão de tratar de um tema tão espinhoso e complexo como este numa postagem de um blog. Mas como nós não compactuamos nem com o elitismo e muito mesmo com a covardia da academia em lidar com temas importantes, seguiremos em frente.
Nos finais da década de 80 a sociedade campista estava em rápida transformação, milhares de trabalhadores rurais abandonavam o campo em virtude da crise e “invadiam” a cidade em busca de uma vida melhor. Um dos resultados disso foi um aumento significativo da periferia urbana, mudando a estrutura de classe do município. Os outrora trabalhadores rurais foram se tornando o que tradicionalmente se chama de sub-proletariados, e que nós preferimos chamar “ralé estrutural”. Os olhares de Campos que sempre estiveram voltados para o mundo rural começavam a mudar de direção, o mundo urbano da cidade ficava cada vez mais importante, sobretudo, politicamente.
Essa nova classe que surgia, não estava mais diretamente sobre o controle dos seus antigos patrões proprietários de terras, a velha oligarquia rural campista ainda não tinha se dado conta que os seus dias de glória de sua vida política estavam contados. Os seus antigos empregados agora na periferia urbana, vivendo de bicos e trabalhos informais, tinham mudado de vida e buscavam, claro, “vida nova”, mudanças. Alguém, mesmo que intuitivamente entendeu isso, e se transformou na voz, que vinha pelo rádio, desta mudança. Com um discurso raivoso contra os usineiros, que representavam o ápice da oligarquia rural, esse alguém que todos já sabem quem é começou a se tornar o fenômeno político que presenciamos.
Olhando hoje, parece que Garotinho foi o único a entender as mudanças sociais daquele tempo, perceber qual seria a classe decisiva no jogo político. Ele soube criar um elo de identidade com essa classe, que seria seu grande trunfo na vida política. Mesmo que num momento seguinte Garotinho conseguiu trazer para o seu lado alguns intelectuais, pessoas ligadas à vida cultural do município, uma parte da classe média que misturava brizolistas puro sangue com petistas puro sangue, esse romance foi breve. Garotinho voltou-se para a classe a qual soube criar uma identidade que lhe rendeu e ainda rende muitos frutos.
Vale lembrar que, embora pequena, uma “nova classe média” surgiu entorno de Garotinho. Não era ela no formato que apoiava o PT e Brizola, com professores, bancários e etc, mas sim formada por comerciantes, representantes, novos empreiteiros, sem o capital cultural daquela pequena classe média, mas com um ascendente capital econômico. (Isso é uma hipótese muito intuitiva que precisa ser verificada no debate, contamos com vcs.)
O resultado disso é que Garotinho aniquilou todos os seus adversários políticos, a tropas do general bolinha foram mais destruidoras que a Blitzkrieg de Hitler. A partir de suas vitórias acachapantes, Garotinho não ia saber mais o que eram inimigos externos em Campos, o seu exército não via mais ninguém na sua frente, estavam todos aniquilados. Garotinho teria que enfrentar apenas os inimigos que surgia de suas próprias fileiras, porque os outros não existiam mais. (É da ascensão de Garotinho e dos inimigos surgidos de suas fileiras que surge o “garotismo”).
Dos seus inimigos externos, podemos dizer que, o poder político da velha oligarquia rural sumiu sem deixar filhos. O fim do peso político do mundo rural, foi o fim deles. Eles foram obrigados a lutar numa guerra em que não conheciam bem o território e não dominavam as novas tecnologias de guerra, por isso Garotinho os empurrou para a história. Zezé Barbosa, Rockfeller, Severino Veloso e talvez também Alair Ferreira, sumiram sem deixar herdeiros. É impossível reconhecer alguém na política campista hoje, que tenha uma ligação histórica com estes velhos quadros de nossa política. Talvez, apenas o jornal “A Folha da Manha”, seja o único aliado da velha oligarquia rural, que conseguiu se reinventar, superar o golpe da fundação do jornal “O Diário” e continuar vivo no cenário político da cidade.
Olhar para o quadro dos vereadores que elegemos nos últimos anos, é uma boa forma de ver o tamanho das mudanças políticas que presenciamos. A velha oligarquia rural não elege nem mesmo um vereador, enquanto há um peso muito grande de vereadores que montam sua base de votos na periferia urbana.
Enfim, Garotinho é o grande vitorioso das mudanças na sociedade campista, e como vitorioso, reinventa o jogo da política local e impregna sua maneira de jogar em toda política, não há com analisar a política de Campos, sem olhar para sua ascensão.
Mas o PT de Campos, onde fica nesta história? É o que analisaremos na próxima parte.
Por Brand Arenari e Roberto Torres
17 comentários:
Prezados,
mas a que se deve a adesão da "ralé" ao garotinho? Ao rádio? Quem estava no poder no momento da vitória de garotinho não era ainda de raízes oligárquicas? Como vcs acham que ele arregimentou esta classe desoprganizada que vota a montante?
abraço.
Bill, acho que o radio foi importante sim. Mas a questao cental talvez seja que a "ralé", na cidade, tinha poucas razoes para obedecer à elite ainda vigente. Nao tinham os recursos de poder de outrora e nem os novos, que Garotinho veio a constituir depois com o orcamento municipal.
Bill, bom tê-lo aqui qualificando nosso debate.
Quanto a suas questões acho que podemos pensar assim: primeiro não acho que essa classe vota a montante (caso eu tenha entendido o que é isso), e segundo, acho que sua pergunta atinge em cheio o argumento.
Ao abandonar o campo e suas relações, essa classe ou grupo de pessoas com uma história de vida em comum se transforma em uma outra classe, ou seja, passam a ter uma outro tipo de história de vida, mas que segue comum a este grupo. O principal delas é a decadência do tipo de relação com seus patrões. A oligarquia perde forca quando essa classe sai de “seus domínios”. Não existe mais a relacao de dependência (material e afetiva) e controle que existia antes. Acho que isso é uma explicação inicial, porém razoável.
No caso de Garotinho, o rádio explica pouco, o rádio é só um meio poderoso de se levar a mensagem. Ele é poderoso porque é popular. Mas o que explica mesmo é a natureza da mensagem. Garotinho criou uma mensagem que atendesse a demanda desta nova classe (podemos debater sobre essas promessas), se tornou a voz dela.
Garotinho não se elegeu só por causa desta classe.
No pouco que conheço desta história (estou na expectativa de aprender mais neste debate), acho que poderíamos elencar algumas características que criaram estes elos de Garotinho com esta classe.
1. Bem ao estilo de muitos profetas religiosos, Garotinho sempre soube jogar bem com o ressentimento das massas em relação à vida das elites, ou mesmo com conflito de classes em virtude da exploração. Naquele momento Garotinho tinha um discurso raivoso contra os usineiros, o que certamente agrava quem estava desempregado em virtude da quebra das usinas e muito possivelmente se sentia abandonado por seus ex-patroes, e ou também sentia raiva da exploração sofrida. Garotinho soube como jogar com esses sentimentos. No que se refere o ressentimento das massas, vale lembrar a maneira como Garotinho sempre quis jogar a população contra a UENF. Mas isso é outro papo.
2. Vale lembrar também que naquele momento, Garotinho era a promessa de mudanca. Isso importante, o poder de gerar expectativas.
3. Não podemos deixar de ver que, mesmo que os ganhos que Garotinho trouxe a essa classe foram muito pequenos, ele trouxe ganhos para ela. Garotinho é melhor para eles do que os usineiros. Só a elite brasileira acha que pobre não sabe votar.
4. Garotinho foi o líder, ou seja, quem incorporou a ascensão de uma nova classe na política, essa é a hipótese central. O que atesta isso é que na câmara de vereadores os novos representantes da periferia urbana ganharam peso e os representantes da oligarquia rural sumiram.
Acho que é por aí. Mas isso é só o início.
Grande abraco
Nao tinha visto a postagem de Roberto, ele resumiu melhor td que eu disse.
Meu caro Brandi, para se descontruir esse "garotismo", muito bem dissecado por você e tão arraigado em todo o espectro eleitoral posso aduzir de se por um fim na leniência dos organismos de controle e repressão aos maus políticos, aí se inclui a Câmara Municipal, que acostumou-se a esse "projeto piramidal", inventado pelo garotismo que enseja a perpetuação no poder. Ai isso, podemos juntar a própria justiça. Olha que até hoje, nesses 20 últimos anos das mais variadas transgressões às leis eleitorais, ainda não se cassou nenhum deles, muito menos ainda, alguém continua preso. Até avião preto lotado já passou por essa planicie lamacenta.E pareced que não passou um pequeno passeio;
Vejam vocês quem foram os autores do "telhado de vidro". Estão todos aí muito saudáveis, candidatíssimos e com a garantia de se eleger, porque continuam ricos.
Essa doença que é o garotismo e que se endemizou nestes últimos 20 anos, tomou todos os tecidos da malha eleitoral. O Partido dos Trabalhadores, que seria essa possível alternativa de poder, desfigurou-se, jogou-se no colo, primeiro do "telhado de vidro" e depois na possibilidade de um governo que seria um puxadinho desse mesmo telhado. Existe alguma esperança com relação ao PT? Não sei. O seu comando, hoje, é formado na sua maioria por remanescente daquela participação no telhado de vidro e parece que mais uma vez irá praticar o adesismo aliancista que encurta o tempo, mas alonga a decepção.A sua parlamentar está em ascenção na sua exposição na mídia folheada. No entanto, esse balão inflado logo será esvaziado, porque as base desse crescimento está toda ela fundamentada nesse mesmo garotismo, incluindo boa parcela dos votos que a elegeram.
Zé Boquinha
Ze Boquinha, concorco com vc, mas tb nao podemos só esperar da justica, achando que ela vai fazer milagre. Mocaiber só está solto pq nao interessa a ninguém prendê-lo. E aqueles que tem algum interesse nisso, estao desorganizados.
A Justica também anda a reboque de pressoes, só advogado conservador acredita que ela é neutra.
abraco
muito bom, uma sociedade só muda quando se altera sua estrutura de classes. O interesse em um PT mais lúcido e ativo pode ser um dos caminhos para este desiderato social maior. Valeu Brand e Roberto, estou aprendendo um pouco mais sobre a história de minha própria cidade.
Caríssimos,
Debate recorrente e importante,
Acho que o Brand tocou no ponto exato, que, de certa forma, replica a indagação do Bill.
Talvez vocês não se lembrem, mas a plataforma política do Garotinho era tão heterogênea, quanto eficaz, pois criava um consenso em torno de temas que falavam a ralé, mas também a classe média:
1. A passeata do IPTU com carnês em punho;
2. A luta pelo Teatro de Bolso;
3. A criação do estigma do usineiro-coronel, com Inojosa como grande vilão, o que era sopa no mel para criar coesão junto ao lumpen-eleitorado, que sofria há anos a exploração vil do corte da cana;
4. Uma agenda "moralista-udenista", para agradar intelectuais e setores do funcionalismo e outros, com Zezé Barbosa como grande vilão(a questão do calçamento das ruas era o mote)
5. E por último, um esquema de comunicação que combina uma fórmula imbatível: "utilidade pública e assistencialismo"
Está aí boa parte do sucesso do "chefe", somado a uma enorme capacidade de diluir conceitos, comunicação/verbalização e claro, oportunismo suficiente para enxergar o brizolismo como carona privilegiada no Estado do Rio de Janeiro.
Um abraço a todos, e espero ter contribuído para nossa tarefa.
Meus caros Arenari e Douglas, parece que o cerne na questão é o PT de Campos. No entanto, ao meu ver, tanto um quanto o outro, está com "não me toques" para tratar do assunto. Seria interessante uma análise de vocês (e isso vocês sabem fazer com muita proprieade) sobre o comprometimento que a sigla de Campos tem com o garotismo, por mais paradoxal que seja, eles fizeram aliança com uma das alas do grupo do Garotinho (Arnaldo/Mocaiber) e os votos, tanto do finado Renatinho, como da própria Odisseia foram produzidos a mais com essa aliança.
Zé Boquinha
Caro Zé Boquinha,
esses dois texto foram a introducao, o próximo só falaremos do PT, aí nos concentraremos o debate sobre o PT.
Amanha postamos o texto.
valeu pelo debate.
Valeu pela contribucao Douglas, assim vamos montado e tornando as coisas mais claras.
Caro comentarista,
O objetivo desse debate não é desconstruir o que resta do PT, ao contrário: é enxergar os problemas, para superá-los.
O debate não está "cheio de dedos", e não há na rede, ou em qualquer outro ambiente político-partidário mais incisividade que a nossa, às vezes até mal compreendida. Paciência.
Mas se o debate também(e principalmente)serve para a luta pela hegemonia, devemos preservar a instituição, SEMPRE, afinal, ainda somos petistas, pelo menos, eu sou.
Não confunda análise com ritual sadomasô, ou autoflagelação em público. Com certeza se essa cidade está na lama, a nossa responsabilidade não deve ir além do seu tamanho.
Um abraço.
Caríssimo Douglas, tudo bem, ninguém tem aqui a vontade de destruir o Partido dos Trabalhadores. No entanto, embora com esse cuidado, a sua capacidade de análise, vai ficar devendo em um contexto em que tanto o Presidente do PT, quanto a sua parlamentar sinalizam a sigla como alternativa de poder em Campos, apesar de ter participado do "telhado de vidro", com 3 secretarias. A preocupação é que a parceria produzida pelo partido com Arnaldo e Mocaiber só resultou na conquista de 1 vaga na Câmara.
Se a justificativa para a parceria com Mocaiber e depois a aliança com Arnaldo era conquistar a Câmara de Vereadores, fica a indagação se terá valido a pena, já que há um reconhecimento público de que se o PT não fizesse a aliança, não faria nenhum vereador, logo credite-se o sucesso de 1 vaga no legislativo municipal a essa participação de membros do PT, um deles com atuação desastrosa. E essa aliança foi feita com um grupo que não passa de uma dissidencia do Garotismo.
Zé Boquinha
Caro Zé,
Essa análise se depreende de todos os meus textos e críticas ao PT, com mais ou menos intensidade, em momentos distintos.
Basta lê-los.
Outra dica é assistir a entrevista que dei ao Herval Machado na MultTV.
Um abraço.
PS,
Ainda Zé Boquete:
Essa sua proposta de debate não supera o problema.
Já reconhecemos aqui e em outros debates que o PT esteve, como todas as forças políticas de Campos, de certa forma, orbitando em torno do eixo gravitacional do garotismo.
Quer seja ele garotismo ou garotismo dissidente. Isso está mais que claro.
Nossa intenção, modesta, porém sincera, é superar essa constatação.
E aí, meu caro, a simples menção descontextulaizada e repetitiva que você recoloca nos parece apenas uma tendência a reproduzir um cacoete ruim, que inclusive também padeço:
a síndrome do relógio quebrado: vive parado no tempo, mas acerta a hora duas vezes ao dia.
Isso é pouco para quem quer ser poder de fato e de direito nessa cidade.
Um abraço.
Ahh, e perdão pelo zé boquete, é porque ficou irresistível o troça. rs.
Meu caro Douglas, Boquete ou Boquinha, tanto faz. Política para nós tem um sentido maior, coletivo e não simplesmente buscar "boquinhas ou boquetes", nesse mundo rico de oportunidades do garotismo. Além disso, é bom ressaltar que as figuras do PT, estão esmaecidas, sem brilho próprio. Carecendo de uma forte renovação de nomes, para se constituir em uma alternativa de governo para a cidade. É preciso ir de encontro as movimentos sociais. Cadê os movimentos internos do Partido. Já se passaram 5 meses e o Presidente ainda não esqueceu as urnas. Vi a sua entrevista na UNITV e a pergunta que o Herval lhe fez, foi oportuna e pertinente. Seu nome tem o oxigênio necessário para dar uma sacudida na velha casa da Alberto Torres, 68.Imagino eu que o seu nome já pode encabeçar uma lista de outros nomes que poderão compor uma nominata forte para a próxima Câmara, aí podemos acrescer, Roberto Moraes, o Luciano, o Adilson Sarmet e a própria Odisseia, em um projeto de reeleição. Para o Executivo, é preciso paciência e ver qual a melhor indicação. Quando se olha os nomes que disputaram a última eleição da Câmara, com a morte do Renatinho, pouca visibilidade e conteúdo se observa. Daí a necessidade da renovação. Não tem essa de fugir da missão. Esse espaço que aparece precisa de uma cunha apropriada e você tem o perfil e a convexidade necessária. Não há como jogar pro alto. Se não, melhor cuidar de outra coisa... do seu mengão, das suas receitas de guloseimas e outras assuntos ou, quem sabe, ir pra casa e vestir a tranquilidade do anomimato.
Um abraço,
Zé Boquinha.
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