Já faz mais de mês que se fez um post. Seria razoável descrever esta situação como um recesso involuntário. Um recesso demasiado longo, sem dúvida.
Creio que para além das rotinas desencontradas dos colaboradores e de outras explicações plausíveis, chegamos numa encruzilhada: retomar os trabalhos ou encerrar o expediente. No caso de a última opção ser a mais viável, teremos, sem dúvida, o que fazer no adeus(?) aos Outros Campos.
Não é cabotino afirmar que aqui foram publicados textos, de nossa autoria ou não, que compõem fragmentos valiosos de uma memória coletiva da política nacional (e fluminense) na última década. Penso que há um arquivo diverso o suficiente para exigir alguns recortes sistemáticos, que, por sua vez, são possíveis guias de futuras incursões como publicistas na blogosfera e na esfera pública ampliada.
Da minha parte, só tenho a agradecer o aprendizado compartilhado em nossos escritos e discussões e me reconhecer como membro de um grupo que sempre guardará o frescor daqueles anos de graduação que pareciam não correr tão depressa como agora.
Cada um ao seu modo reafirmou uma identidade vinculada às ciências sociais sem desconhecer os ardis da ciência e da política que Weber não exitou em tratar como incontornáveis nos conflitos que ditam a ordem do dia, embora interpretasse os seus significados mediante sua (inegociável) distinção analítica.
Essa nota é pessoal, mas talvez seja representativa dos anseios por mudança de foco sem prejuízo dos compromissos de hoje e de sempre.
Com a palavra, os colaboradores, leitores, amigos e inimigos.