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terça-feira, 23 de dezembro de 2008


Prezados amigos,

A palavra “justiça” também acompanha “natal”. Acompanha na medida em que natal tem a ver com “boa nova”, esperança. Esta última acompanhou todos aqueles que seguiram o desenrolar da operação SATIAGRAHA da Polícia Federal, listando banqueiros e empresários por indícios de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, financeiros, sonegação fiscal e formação de quadrilha. Ademais, perifericamente, envolveu toda aquela rede de interesses e relações nebulosas que tomam conta da república dos poderosos, capitaneadas pela “revista VEJA” e o presidente do STF Gilmar Mendes. O processo que condenou Daniel Dantas (o banqueiro), Naji Nahas e Celso Pita, teve como atores fundamentais o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz e o Juiz de São Paulo Fausto De Sanctis, os quais, obviamente, foram vítima de dúvidas (queima de reputação) por parte de órgãos da grande imprensa e de “interessados” no caso. Neste caso pode-se perceber o quão densa é a rede que sustenta a corrupção e o jogo sujo no país. Por outro lado, pode-se ter esperança por meio destes juízes e delegados jovens que reproduzem os valores mais sagrados da justiça. Mais que isto, a mobilização em defesa dos dois por parte da população também expõe a sede de justiça que nos motiva, em função da inoperância de nosso sistema judiciário (principalmente para condenar os grandes). A última manifestação foi do cineasta Fernando Meirelles, que acabou de ganhar o prêmio "Paulistanos do Ano 2008", da Veja São Paulo. Sua resposta na premiação foi repassar o prêmio a outro paulistano que merecia mais que ele, De Sanctis. A carta ao juiz reproduzo acima, e embora seja uma manifestação de esperança individual, atinge a todos nós. A operação Satiagraha e as manifestações de apoio é uma “boa nova”.