segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Alain Touraine: besteiras valém mais quando ditas por um

sociólogo francês

Roberto Torres

„vivemos numa nao sociedade, na qual as pessoas estao interessadas em coidas sem significado (…) minha principal idéia é que a globalizacao é o fim da sociedade (...) o que restou é o mercado puro”, disse, entre outas coisas, ao Jornal O Globo em entrevista. Veja o link abaixo:

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/11/14/perigo-de-retrocesso-no-brasil-existe-diz-alain-touraine-923025303.asp

A profissao de sociólogo não é algo fácil de legitimar. Não é fácil, acima de tudo, demarcar o campo próprio de observação da ciencia da sociedade, e, em alguma medida, diferenciá-lo da capacidade comum a todos de observar e descrever a sociedade. Acredito – eis meu esforco auto-legitimador – que só é possível fazer ciencia da sociedade indo além do senso comum. Bons exemlos deste esforco se econtram em distintas vertentes teóricas. Dois dos maiores autores da sociologia ocidental no pós-guerra – Pierre Bourdieu e Niklas Luhmann – levam esta necessidade de romper com o senso comum para a discussao de conceitos fundamentais da sociologia, e nos dois casos isto se nota quanto ao próprio conceito de sentido, ao qual se vincula, para os dois, qualquer pretensao de formular um conceito de sociedade ou de vida social. Tanto para Bourdieu como para Luhmann, em que pese os distintos desdobramentos em cada um dos casos, duas rupturas fundamentais com relacao ao que o senso comum entende por sentido são as seguintes: 1) a ruptura com a idéia de que o sentido social é atribuído por sujeitos e 2) a ruptura com a idéia de que acoes econômicas instrumentais, no mercado, ocorreriam desprovidas de sentido, como que “fora da sociedade”. A segunda ruptura é uma consequencia direta da primeira.

Que o sentido social não se forma pelas atribuicoes de sujeitos significa que ele deve ser buscado no encadeamento prático (Bourdieu) ou recursivo (Luhmann) de acoes ou operacoes elementares. É um enorme ganho de conhecimento em relacao a Weber, por exemplo. Que acoes econômicas só existem como tais na medida em que são produzidas e reproduzidas por encadeamentos práticos ou recursivos de sentido era algo que Weber, ainda preso à filosofia da consciência, já intuia. Nenhum destes desenvolvimentos fundamentais da nossa disciplina parece fazer parte do modo de pensar do sociólogo francês Alain Touraine.

Que existem diferencas teóricas insuperáveis na sociologia, claro. Mas dizer que pessoas se interessam por coisas sem significado e que o mercado (“puro”?) não faz parte da sociedade é a melhor forma de mostrar que sociologia não serve para nada. É abrir mao que qualquer esforco mínimo de ruptura com o senso comum. Um horror! Que o senhor amigo de certas pessoas não inova em nada que acha que inova, sabe-se de longa data, e esta ilusao é até bem comum em nossa disciplina. Mas as besteiras que ele disse ao O Globo são dignas de quem desconhece praticamente um século de desenvolvimento da sociologia. Contrapor “as pessoas” com seus significados ao “mercado”, contrapor o mercado à sociedade como duas entidades de natureza distintas é o lamúrio papal de todo domingo.

Enfim, quem quiser veja a entrevista aqui. Sendo generoso, eu diria que é uma caricatura bem feita do senso comum sociológico de quem vive e assiste o fim do eurocentrismo como se fosse o fim do mundo e da sociedade. Ah, claro... tudo isso com as análises e previsoes sobre o “populismo” no Brasil... Esses amigos do “príncipe”... Será Touraine um reforco intelectual para “refundar o PSDB”?

25 comentários:

Décio Vieira da Rocha disse...

É bastante interessante sua reflexão sobre a novas teorias que à partir da segunda metade do século XX tomaram grande dimensão.
Dizer que Touraine se toma em certa forma de senso comum é um tanto precipitado e coloca-se a teoria a frente do verdadeiro campo político.
Talvez pensar um mundo sem significados seja forte demais , mas é aí que entendo que devemos tentar achar os significados existentes, já que os agentes individuais ou de grupo se encontram em total crise, e as formas de sociedade complexificadas mostram realmente uma falta de significação nas atitudes dos sujeitos.
Realmente distantes do fenômeno do "lulismo"(talvez?) e com Dilma antes de entrar já herdando uma dívida de mais de R$50 Bilhões, o PSB pedindo CPMF a qualquer custo(e até Anastasia que é oposição tbm defendendo), o IDH mostrando que educação e saúde estão mal demais...]
Seá que o senso comum não está na falta de análise da estrtura atual?

Roberto Torres disse...

Eu acho que devemos tentar achar os significados existentes.

Roberto Torres disse...

mais do Touraine: Folha de S.Paulo - Marina teve papel de modernização política, diz Touraine - 16/11/2010

Marina teve papel de modernização política, diz Touraine

Para sociólogo, há risco de retrocesso populista se Dilma usar capital político de Lula de forma pouco cautelosa

Francês diz que Serra não errou na eleição e que apoio do presidente Lula foi um "maremoto" que derrotou o tucano

Rodrigo Capote/Folhapress

O sociólogo francês Alan Touraine, em São Paulo, onde participa de um seminário hoje

UIRÁ MACHADO
DE SÃO PAULO

O sociólogo francês Alain Touraine, 85, afirma que Marina Silva (PV) teve nas eleições um papel de modernização da política brasileira.
Doutor honoris causa por 15 universidades, Touraine participa hoje às 17h do seminário "Queda e renascimento das sociedades ocidentais?", promovido pela Emplasa, em São Paulo (hotel Tivoli Mofarrej, na al. Santos, 1437).

Folha - O sr. tem manifestado interesse pelos movimentos ambientais. Qual sua avaliação sobre o desempenho eleitoral de Marina Silva (PV)? Há quem diga que ela aglutinou os votos dos descontentes. Alain Touraine - É uma coisa positiva a busca por uma solução nova. Marina teve um papel de modernização política. Como um terceiro partido ganhar uma eleição presidencial é uma meta difícil, o desempenho eleitoral dela foi uma ótima surpresa.
Isso significa que as pessoas não apenas dizem não a algo que está aí mas também estão procurando soluções novas. É uma tendência que se encontra em vários países.
As novas classes médias não têm suas referências no socialismo, mas nos movimentos ambientais, na diversidade cultural, no papel da ciência. O mundo não viverá mil anos na briga entre liberais e socialistas.

A vitória de Dilma Rousseff (PT) tem algum sentido simbólico por ser a primeira mulher presidente do Brasil?
Francamente, acho que não. O tema da mulher que ganha uma eleição já é uma coisa bastante comum. Os problemas que ainda existem para as mulheres se dão mais no nível pessoal.

Qual sua avaliação política sobre a vitória de Dilma?
De maneira mais óbvia, há essa imensa popularidade de Lula e uma vitória de caráter pessoal. Dilma não existia, não tinha experiência política em sentido institucional.
Alguns dizem que ela será uma espécie de "bis" de Lula, uma presidente interina para que ele volte daqui a quatro anos. Creio que há algo de verdade nisso. Mas também há aí uma coisa ingênua, porque ninguém pode governar um país interinamente.
O que realmente preocupa é que há um perigo de retrocesso populista, pois há uma grande massa de excluídos.
No Brasil, o risco é o de que Dilma utilize o fantástico capital político de Lula de forma menos cautelosa que ele. Mas esse não é um perigo imediato, até porque ninguém sabe o que Dilma fará.

Por que José Serra (PSDB) perdeu as eleições?
Tecnicamente, Serra é infinitamente superior. Mas, diante de um Lula no poder... Não é que Serra fez algo errado. Foi um maremoto

Fabrício Maciel disse...

roberto,

parece que todos estes conservadores influentes do atlantico norte são habermasianos inrustidos, pois esta separação entre mercado e sociedade me parece um desdobramento da divisão entre sistema e mundo da vida. a sociedade para eles é restringida ao mundo da vida.

isso fica a um passo da separação entre política e sociedade, e da separação entre mercado e estado, ponto este onde chegamos na afinidade entre esta interpretação ocidentalista dominante, e o pensamento da direita tupiniquim.
quando um verdadeiro político de esquerda tenta reconectar política e sociedade, prestando atenção na dor das classes populares, ele é um maremoto para a direita. ao mesmo tempo, quando uma política de esquerda usa a força possível do estado para enfrentar e negociar com o mercado, ela é um maremoto para a direita.

abraço e saudades

Roberto Torres disse...

Na visao de Touraine Fabrício somos nós que estamos caducos com essa coisa de direita e esquerda, de conflito social por interesses: da perspectiva da natureza, do meio ambiente, ele se prope a falar acima de todos estes conflitos.

Acho que habermas jamais diria que o mercado nao é sociedade, mas com certeza a diferenca entre sistema e mundo da vida é um alimento poderoso para os que o buscam um lugar fora das "questoes mesquinhas" do século XX rs. em nome da questao que os permite falar em nome da sociedade, a natureza.

Esses dias Werneck Viana escreveu que Marina era a candidata do "mundo da vida" e Serra e Dilma do "sistema". Engracado né?

Mr Gayrrisson disse...

Décio,

Honey, o que é a "crise" senão o questionamento dos padrões vigentes?

Os defensores do status quo sempre bradarão pela crise, acusarão o relativismo, etc, etc... O discurso conservador é conservador até nisso, não renova substancialmente suas bandeiras ou slogans.

O conflito nas sociedades não é um sintoma de seu ocaso, mas, tão somente parte de sua dinâmica de transformação.

Um dos sinais da confusão acerca do papel do mercado é erigirmos fenômenos econômicos ao papel de ambíguo de explicação e causa dos fenômenos sociais. Economia virando fetiche; início, meio e fim.

Daí por que não entendo que se possa julgar uma sociedade ou um governo por seu grau de endividademento econômico. Afinal, não existirão outras formas de dívidas? Dívidas sociais com aqueles que carecem saúde, alimento, educação? Dívidas morais com aqueles querem justiça, direito e democracia?

Mas, mesmo fazendo ressalvas ao argumento em torno da dívida pública. Acho que há um aspecto que precisa ser pensado:

O endividamento do Estado foi um dos meios pelos quais foi possível que crise internacional de 2008 fosse contornada, e teve como contrapartida um grande crescimento econômico.

Traduzindo isso em termos de "senso comum": quem pode se endividar mais, o pobre ou o rico? O rico, com certeza. Assim, se o Brasil se endividou, não se pode deixar de notar que ele também enriqueceu, ou seja, tem maiores condições de fazer face às dívidas que assumiu.

E o IDH, por si só, não resolve nossos problemas "analíticos". Afinal, nenhum dado fala por si só. Neste, mais importante, que o IDH que usa de critérios comparativos, é saber o que era o antes o que se tornou o depois no Brasil.


Nossas avaliações, não podem prescindir do senso comum, mas igualmente não podem naturalizá-lo, ou deixar de submetê-lo à crítica.

Décio Vieira da Rocha disse...

Mr Gayrrisson ,

Você escreve muito bem, parabéns...

Décio Vieira da Rocha disse...

Só não consegue ver a política como ela é, um pouco mais de campo te faria bem.

Mr Gayrrisson disse...

Hummm, Décio,

Obrigado! Embora não saiba ao certo se o elogio à forma não se confunda à crítica do conteúdo. Mas, ok.

Entretanto, fiquei com uma dúvida: O que você vê no "Campo"?
O que é a política como ela é ?

Existirá uma política "fática", para além das perspectivas que temos a partir do lugar que possuímos na política?

Não se trata de negar vicissitudes da política, ou mesmo da democracia. Mas tão somente de vê-las como experiências falíveis e inerentemente humanas.

Se meus 33 anos de idade, e minhas memórias do movimento estudantil na década de 90 não me permitem olhar para a política atual como aquilo que desejávamos, igualmente não posso deixar de ver, com certo espanto, o quanto foi possível avançar.

Décio Vieira da Rocha disse...

Mas eu falo no sentido econômico(o qual ao que parece você despreza).Quando se diz que o nível de endividamento de um país é alto(sendo que esse país só exporta comodities e seu nível de desindustrialização é alto)na atualidade, não estamos mais na Inglaterra do século XVIII que se endividou para crescer, por mais que isso também fudesse com os povos.Estamos em uma nova sociedade onde os níveis de produção tem que estar associados ao crescimento de bem estar.
Enquanto pagamos grandes títulos ao senhor Eike batista( e ele nunca foi tão feliz quanto no governo Lula já que gastamos muito menos do PIB com ações sociais e muito mais com pagamentos de dívida) todos os setores da sociedade ficam mais deficitários ocasionando logicamente um decsontrole nas áreas de bem-estar social.
E é isso que o IDH mostra de fato.As conclusões não vem somente dele, mas à partir da realidade diária, já que Lula para se manter precisa pagar tais dívidas, o que no caso é ruim até mesmo para os industriais que ficam mamando nas tetas do governo enquanto poderiam reagir de forma muito mais abrangente em nível internacional.
A política como ela é para mim seria uma ideia de sociedadeXestado onde a economia pode estar por cima ou por baixo, depende de como estará essa relação e como esse estado vai fazer para guiá-la.
O fato é que a economia é mis que relevante, ela é crucial.

Roberto Torres disse...

Bom debate..

Nao se pode negar obviamente a importancia da economia. Eu nao penso assim e nao pretendi isso quando critiquei o Touraine por ele dizer que a proeminência do mercado é o fim da sociedade. Acredito que o Mr. Gayrrisson também nao pense assim (talvez o senhor chapéu?).

A questao é que precisamos definir a importancia da economia e seu lugar na sociedade (isso claro se pretendermos fazer algo mais -reformular talvez- do que senso comum, partindo sempre dele.)

Se nao tentamos definir isso, caímos sempre numa tentativa de versao mais ilustrada e erudita do senso comum, do tipo "sociedade versus estado, podendo a economia estar por cima ou por baixo".

Curiosamente, junto com essas oposicoes que colocam a economia, e as vezes também a política, fora da sociedade - como se a sociedade nao fosse diferenciada em campos e esferas -, vem a uma a pretensao de que o Estado possa guiar a economia, fazendo assim um contraponto esperancoso ao diagnóstico de que a economia manda.

Nao discordo que a economia mande. Mas acho que ele manda sobretudo porque usamos a visao de mundo da economia para descrever todo o resto. E, paradoxalmente, assumimos uma posicao "fora" da economia para denunciar que ele precisa ser controlada.

Enfim, quero dizer apenas que somos parte da economia, para o bem e para o mal. E que a economia, assim como a política, sao parte da sociedade.

Roberto Torres disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Roberto Torres disse...

O que isso tem a ver com o debate de voces rs, nao sei muito bem.


Mas é que eu ainda estou indignado com o velhinho fazendo os mesmos lamúrios moralistas que qualquer carola faz e através disso posando de analista do mundo e do Brasil.

Veja bem, podemos ser nós mesmos carolas moralistas, mas é preciso ter a ombridade de nao pretender que isso seja observacao científica.

Décio Vieira da Rocha disse...

Não digo em um sentido de que a economia está fora da sociedade, mas que pelo contrário, está sempre dentro dela e agindo sobre ela e sobre a política.
Em um país onde o estado sempre foi a mamãe dos pobres e o pai dos ricos, podia-se claramente sim compreender que o momento FHC foi um momento de ruptura com esse estado patrimonialista .
O novo endividamento do estado dizendo que a economia não diz tudo é mero artifício esconder o novo aparelhamento do estado tornando mais uma vez a esse passado getulista, e o que parece tão "revolucionácio" é a coisa mais reacionária que já se viu...

Roberto Torres disse...

Este é buraco sem fundo da "sociologia brasileira": a tese do patrimonialismo, do Estado que a todos coopta desde o século XVI.

Na falta de uma visao complexa sobre o Brasil, capaz de compreender o país no bojo da expansao da modernidade e seus problemas, adota-se um ponto de partida essencialista, cuja suporte é uma mistificacao sem tamanho: um Estado todo poderoso que ninguem sabe explicar como existe. De nada adianta a falta de suporte historiográfico para a tese de Faoro. O interesse em repetir a tese essencialista sobre o mal de origem ibérico é cego e nao deixa espaco para aprendizado.

O lenga lenga é o mesmo: o passado sempre volta, a tradicao misteriosa se atualisa: patrimonialismo, populismo, getulismo.

Jessé Souza acertou em cheio: a cegueira do debate público brasileiro anda de maos dadas com a preguissa intelectual do "pensamento social brasileiro" e a crítica ao iberismo. No fundo, este esquema de pensamento essencialista retira sua forca da capacidade de achar um "bode expiatório" para explicar o mundo complexo de modo simplório.

Pode-se comecar escolhendo o determinismo economico como bode expiatório e logo em seguida escolher os "donos do poder" e o patrimonialismo.

D´cio Vieira da Rocha disse...

Tirando a questão de fomação ibérica que não penso que seja necessariamnte um problema, qual é o problema etão?

Roberto Torres disse...

O problema é que nao existe formacao ibérica, nao existe o passado assombrando o presente. Os problemas sao do presente e tem que ser remetidos a ele.

Nossa cultura é moderna e nossos problemas também. Nao tem nada de patrimonialismo, tradicao ibérica etc. Esses argumentos sao bem desenvolvidos por Jessé Souza em vários livros, des "A modernizacao seletiva", até o último "Os batalhadores brasileiros".

Décio Vieira da Rocha disse...

Então não existe problema histórico ao que parece na visão do Jessé.Talvez seja ele quem esteja falando besteira como ciência não o Touraine...


Obs:Mas para quem tem capítulo de livro publicado com ele tem que defende-lo com certeza,rs.

Roberto Torres disse...

Bonito Décio, vejo que aprendeu bem a fórmula mágica de desmascarar interesses. Sim, tenho capítulo de livro, e trabalhei com ele durante mais de 5 anos em pesquisas. Mas e daí? Grande novidade em dizer que há interesses em jogo. Meu caro, só me falta agora voce dizer que alguma acao humana nao é movida por interesses, e claro, que voce está do lado dos moralmente superiores que agem sem interesse. Se for assim, seu lugar nao deveria ser na universidade, na ciencia, mas sim um mosteiro e nem assim ia conseguir agir sem interesse.

Nao é ilegítima a sua crítica às minhas relacoes como o Jessé. O que nao é legítimo é voce usar este método para substituir a sua falta de argumentos. E pior: como se fosse sempre uma coisa de defender ou ser contra o autor. Por mais que haja sempre interesse, existe aqui uma lógica da argumentacao e uma empiria histórica como referencia. Nao se trata de ignorar o problema histórico, pelo contrário. Trata-se fe formulá-lo corretamente: nao é a ibéria como cultura, mas sim a escravidao como instituicao que, inclusive, estava além do escopo do que era portugal naquela época. Este é o problema histórico.

Enfim, mas o debate aqui bem era sobre isso. Alias, voce conhece o autor ou se pauta apenas pelos bastidores?

Décio Vieira da Rocha disse...

Conheço pouco,muito pouco(aliás um pouco da discussão dele com o Da Matta e o livro de vocês sobre nova classe média ou nova classe operária).

Na verdade é logico que minhas pautas se colocam sempre por interesses que estão por trás ou abertamnte a todos.

Na verdade a instituição escravidão é justamente a raiz patrimonial da coisa toda,o papo foi muito bom mas vou retirar-me agora.

Um abraço.

Roberto Torres disse...

Tudo bem Décio,

essa discussao merece ate outro post. Voce quer escrever um artigo falando sobre patrimonialismo e escravidao? Publica aqui se voce quiser. Ai debatemos com fôlego renovado.

um abraco

Décio Vieira da Rocha disse...

Posso tentar algo...

Anônimo disse...

Me passa um e-mail depois para que eu possa enviar o arquivo.

Décio Vieira da Rocha disse...

Me passa um e-mail depois para que eu possa enviar o arquivo.

Roberto Torres disse...

robertodtj@gmail.com