quinta-feira, 22 de maio de 2008

Debatendo os caminhos de nossa política

Hoje, um de nossos leitores fez-nos uma salutar provocação, convoca-nos a debatermos a entrevista dada ao jornal Folha da Manha pela Professora e petista Odisséia Carvalho. Acatando a sugestão e provocação que nosso leitor anônimo deixou nos comentários da entrevista do Sérgio Diniz, trazemos o debate para o centro do blog, e contamos com a participação de nossos leitores.
O leitor anônimo inicia o seu comentário assim: Transcrevo, abaixo, na integra a entrevista dada a Folha da Manhã, hoje (22/5), pela professora Odisséia de Carvalho. Em que deixa bem claro que para o seu grupo o importante é a boquinha, não importa como e nem com quem. Não vou fazer mais comentários, deixo para os blogueiros, em especial os petistas, lerem e refletirem. . .

19 comentários:

Brand Arenari disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Primeiro comentário do anonimo:


Transcrevo, abaixo, na integra a entrevista dada a Folha da Manhã, hoje (22/5), pela professora Odisséia de Carvalho. Em que deixa bem claro que para o seu grupo o importante é a boquinha, não importa como e nem com quem.

Não vou fazer mais comentários, deixo para os bloqueiros, em especial os petistas, lerem e refletirem, neste feriado, sobre essa entrevista, para depois decidirem se realmente são esses os rumos que preferem para o partido.

Para todos nós petistas (filiados ou não) e não petistas, talvez esteja na hora, de forma pragmática de se começar a pensar, pelo bem de Campos, a composição da Terceira Via, sem a presença do PT (diretório), formalmente. Porém, é de fundamental importância para o êxito dessa proposta, a presença dos grupos de petistas que são favoráveis a ela, presentes na discussão do programa e na participação de todo o processo. Além de terem o status de partido, dentro da composição da frente.

Estou lançando essa idéia para ser discutida, por puro falta de tempo e por não podermos ficar esperando o termino das manobras protelatórias da direção local do PT. Os prazos estão terminando e ao que parece vai se desenhar o mesmo processo de 2004. Perderemos no primeiro turno, como sempre, e por falta de opção e para garantir a boquinha, vamos apoiar o menos pior, que certamente será Arnaldo ou o candidato da aliança dele com Mocaiber.

E viveremos felizes até o próximo telhado de vidro, quando essa direção do PT, virá a público fazer uma patética e ridícula autocrítica e dizer que foram pegos de surpresa e que não sabiam de nada, como fizeram, agora no governo Mocaiber.

Anônimo disse...

Primeira resposta de Roberto Torres:


Ora, eu sou petista, como Brand, Vitor, Renato (os outros eu nao sei), e nao nego que a boquinha seja a motivação principal de grande maioria de nossos dirigentes partidários. E como é de todos os partidos. Mas sem dúvida há história de clivagens nisso ai. O PT durante mt tempo se fez como um partido da esfera pública, tendo a maior e mais critica militancia que esse pais já viu, sem ocupar nenhuma boquinha de governo para tal. A nossa memoria de peixe, que tucanos com Sérgio Diniz mobilizam pra soltar a idéia maldosa de que todos os partidos sempre foram farinha do mesmo saco, não é capaz de levantar uma só prova contra isso. Nenhum partido no Brasil teve a grandesa que teve o PT, porque nehum se formou tão densamente na esfera pública.


Para amadurecer nosso debate temos que parar com essa coisa de achar de querer boquinha e defeito pessoal. As pessoas motivam sua ação politica por interesses mesquinhos sempre que interesses mais ousados não podem ser vislumbrados, nao possue credito social. Não são as pessoas que escolhem conduzir os partidos para o pragmatismo imediato. São as condições e a dinamica social que impõem restrições a outro tipo de conduta politica.

Valorizar a politica hoje e tentar politizar os fatos sociais responsáveis pela despolitização dos partidos.

22 de Maio de 2008 08:05

Brand Arenari disse...

Caro anônimo, obrigado por incentivar o debate aqui, foi muito boa sua iniciativa. Mesmo concordando com as colocações de Roberto, que nos fazem ver que o PT, mesmo com mil problemas ainda é um partido diferenciado, porém é impossível não lamentar e até se envergonhar da entrevistada da Odisséia. Fiquei muito impressionado com a estreiteza da visão política por ela apresentada. Na entrevista, transpareceu (não a conheço pessoalmente e nem mesmo por outras fontes, por isso não posso fazer um julgamento dela, mas apenas do q ela falou na entrevista) que política para ela se resume a estar ou não no poder. Com essa visão de política nos estamos F. . . E tem mais coisa alarmante na entrevista, mas deixo isso pra vcs. . .-

22 de Maio de 2008 08:25

Anônimo disse...

SEgundo comentário de Roberto Torres:

Anonimo (que bom seria saber quem é vc, rs), quero dizer que concordo com Brand, e com vc tb. Em consideração a sua sinceridade e disposição para o debate, eu so quis chamar a atenção para irmos além das intençoes pessoais na analise politca.

22 de Maio de 2008 08:38

bill disse...

Acho que pensamos aqui a política em sentido muito estrito, se me permitem, em sentido utópico, em oposição a ideológico. Pensamos como estando em uma torre de marfim, e me incluo nesta maneira de abordar. Mas, há muito, venho observando que a política se "faz" com poder, embora possa ser "exercida" sem poder. O PT durante muito tempo "exerceu" sua função política, como disse o Roberto, construindo uma base (canalizando atores sociais para a luta por reconhecimento), mas hoje, qual seria a diferença do PT. Sinceramente? é residual. E essa senhorita, ao contrário de muito de seus companheiros, é suficientemente honesta de aceitar que o que o PT "faz" hoje é política pelo poder. E o PT "fazendo" política, a meu ver, é muito melhor que a maioria dos outros partidos que "fazem" o mesmo. E talvez isso seja consequência de seu histórico de "exercício" político.

Abraço.

George Gomes Coutinho disse...

Pois é Bill...

Concordo...

Eu diria que estou um pouco chocado, ainda, com o grau de sinceridade de Odisséia ao colocar que o objeto da ação do PT local, particularmente dado que é este o lugar de onde ela fala, estaria intgeressado exclusivamente no poder, pelo poder, por poder....

A questão é que a instrumentalidade da luta por poder e tão só pelo poder se exime de debates de médio e longo prazos... O embate pelo por e por poder, tão somente, não precisa de elementos reflexivos para além daqueles ofertados pelo embate formal.

Em suma... a professora Odisséia, também não a conheço (só de vista) e de "ouvir dizer", aparentemente com seu projeto de "poder übber alles" (para lembrar o lema nazista) não parece apresentar as credenciais necessárias para uma terceira via. E possivelmente assim também é com o grupo que esta representa, que possivelmente está todos os dias no diretório do Partido (critério mais estranho esse para se medir a autenticidade da ação).

Abçs

PS: Sou simpatizante do PT e há quase uma década "quase filiado". Só não o fiz ainda pq o meu desejo de independência é maior do que o meu de ter a carteirinha (e não boquinha.. pelo amor de deus.. que coisa mais abjeta!).

Anônimo disse...

Eu acho que me tornei um dinossauro em termos políticos e de princípios éticos e políticos. Ao ler a entrevista da professora Odisséia, senti náuseas, falo com a autoridade, se é que existe, de quem batalhou nos tempos de estudante para fundar o PT. E fiquei ainda mais incomodado, quando o companheiro Roberto Torres diz: “não nego que a boquinha seja a motivação principal de grande maioria de nossos dirigentes partidários”, e mais adiante ele afirma: “Para amadurecer nosso debate temos que parar com essa coisa de achar de querer boquinha e defeito pessoal. As pessoas motivam sua ação política por interesses mesquinhos sempre que interesses mais ousados não podem ser vislumbrados, não possuem credito social.”. Companheiro lamento ter que dizer isto, mas quando o PT nasceu essa sua posição era motivo de expulsão do partido. Todos nós acreditávamos que era possível chegar ao poder e governar sem ter que se curvar as negociatas e barganhas de uso da burguesia que sempre esteve no poder. Não aceitávamos colocar o interesse privado a frente do interesse público.
Continuo acreditando que o PT é um partido diferente, porém não posso empurrar para baixo do tapete, e fingir que não estou vendo a conduta dos dirigentes do partido e de alguns militantes, em Campos, que está sendo vergonhosa e contraria a ideologia do partido e a tudo que sempre se defendeu, em termos de proposta de mudança.
Concordo com tudo que o anônimo postou ( o da entrevista), acho que não podemos ser inocentes e só confiar nas estâncias partidárias, elas estão, ao que tudo indica, corrompidas e visando interesses pessoais. Talvez tenhamos de buscar soluções não ortodoxas, em que infelizmente, tenham que passar por cima e por fora da direção local do partido e das estâncias partidárias. Não estou propondo uma rebelião em relação as estâncias partidárias. Proponho, somente, que os companheiros filiados lutem até o ultimo momento e o ultimo homem, mas sem perder de vista que a rebelião também é um caminho democrático quando as decisões não respeitam o ponto de vista das minorias e são impostas de forma antidemocrática, somente para atender aos interesses pessoais de um determinado grupo de pessoas.
Acredito que temos que pensar e analisar com calma e profundidade a seguinte afirmação do anônimo: “Para todos nós petistas (filiados ou não) e não petistas, talvez esteja na hora, de forma pragmática de se começar a pensar, pelo bem de Campos, a composição da Terceira Via, sem a presença do PT (diretório), formalmente.” Essa é uma realidade que tem que estar nas nossas mentes. Vamos nos submeter e aceitar as decisões das estâncias partidárias, que são controladas por um grupo hegemônico preocupado somente com os seus interesses pessoais ou vamos nos rebelar e exercer a nossa cidadania, lutando pelo que acreditamos e para viabilizar o que consideramos que seja melhor opção para o município.
Essa decisão cabe a cada um de nós, individualmente, depois de uma profunda reflexão e de acordo com a nossa consciência e a forma de ver a política e o mundo.
Concordo com o George, ser petista não é ser rato de reunião. Você pode ser petista sem ser filiado e mesmo que filiado, sem ir a qualquer das inúmeras e intermináveis e inconclusivas reuniões do diretório. Não vejo legitimidade na maioria dos atuais membros do diretório para se colocarem como petistas autênticos. A origem da maioria deles é de partidos conservadores, e vieram para o PT por ter os seus interesses ou projetos pessoais contrariados ou ainda alguns fazem parte de uma escoria oportunistas que tem como lema não importa quem está no poder eu tenho é que me dar bem..

Brand Arenari disse...

Caros colegas, a partir da proposição do anônimo, que nos exige uma avaliação interna do que é ou o que e tornou o PT, e das implicações no que se refere a política com um todo como foram as colocações de Roberto e Bill, a minha resposta se dividirá em duas, embora estes temas estejam entrelaçados.
Quanto a avaliação interna do PT, e nisso não é possível unir a avaliação local à nacional, como o Bill tentou fazer, sem cometer alguns equívocos. A realidade municipal do PT é muito diferente da nacional. Bill, não dá para unificar a explicação, ou melhor, a explicação começa com essa pergunta: Por que o PT de Campos não acompanha o desenvolvimento do PT nacional? Por que o PT de Campos sempre se manteve como uma forca periférica, e por momentos, quase nula na política local, enquanto que nacionalmente o PT é um dos partidos mais importantes? Responder esta pergunta aqui é impossível, a diversidade de fatores que envolvem essa resposta é muito grande, mas acredito que uma parte deles pode ser tocada aqui, e a entrevista da Professora Odisséia é sintomática quanto a isso. A entrevista poe a nu, devido a sinceridade da professora como vcs já ressaltaram, a principal tendência do PT local, ou seja, sempre optar em ser um coadjuvante de quinta categoria num filme de terror, simplesmente para participar do filme. E agora nutre as esperanças que uma possível coligação com Arnaldo lhe daria a posição de uma coadjuvante menos chinfrim. Ao negar ou tratar com eufemismos o erro, ou os erros das coligações que foram feitas, o PT perde a oportunidade de fazer uma avaliação histórica de suas estratégias locais. A professora compara a aliança como o PL no panorama nacional para tentar legitimar uma aliança local. Mas qualquer pessoa sabe que se trata de quadros completamente diferentes. A aliança com o PL se deu para o PT ocupar o cargo máximo do país, e assim fazer um governo histórico como vem fazendo. O PT só pôde pleitear o papel principal nesta coligação, pq nas outras jamais se amesquinhou, perdeu três eleições nacionais, mas sempre ocupando o papel principal. O PT nacional, não tratou apenas de fazer política dentro do partido, se preocupando apenas com alianças que lhe garantissem estar de alguma forma no “poder”, fez política nas ruas também. O PT de Campos fez o contrário, por isso, hoje todos anseiam em participar de uma chapa do PT em nível nacional, enquanto que o PT de campos mendiga uma esmola de Arnaldo Vianna ou de Mocaiber ou sei lá quem estiver no comando da prefeitura. Se numa guerra o que importa é ganhar ou perder, e sem dúvida a política é uma guerra, é fundamental saber avaliar o que é “ganhar” e o que é “perder”, e parece que o PT de Campos não tem sabido fazer isso, só tem perdido ao achar que se está ganhando.

Brand Arenari disse...

Caro segundo anônimo, é sempre bom ouvir palavras como essas que vc colocou: “que os companheiros filiados lutem até o ultimo momento e o ultimo homem. . .”. Isso alimenta nossas almas. Porém, é a partir disso que a colocação do Roberto começa a fazer sentido, e adentramos no tema geral da política. Se devemos lutar, precisamos primeiro saber pelo que lutar. E nisso o baixo nível de nosso debate intelectual reflete num baixo nível de nossa política. A ausência de debates entorno de idéias amplas, reflexo da forma fragmentada que nossos intelectuais insistem em abordar a realidade, elimina a possibilidade da política girar entorno de temas mais amplos que não apenas o voluntarismo ou a busca desenfreada pelo “poder” na sua forma mais mesquinha, ou seja, uma “boquinha”. Aí voltamos ao que falei num comentário anterior, a política é reduzida a se estar ou não no poder, sem avaliar de que maneira se está no poder, como ocorre na entrevista da professora Odisséia. Se em outros momentos os debates políticos giravam entorno de grandes idéias como socialismo, liberalismo e etc., foi porque houve grandes intelectuais que elaboraram a realidade desta forma. Por isso Roberto nos diz que não devemos culpar pessoas isoladamente, isso seria perder de vista o que é fundamental neste processo.
No entanto, um dilema para nós sociólogos aí se encontra. A sociedade não é “feita” dela mesma, ele é feita de indivíduos, e esses são para mim os núcleos de forca criativa na construção da sociedade, é sempre a parir deles que a sociedade pode mudar. Aí torna se justo cobrarmos uns dos outros uma revisão de nossas posturas.
O assunto é longo. . .
Abraço a todos

xacal disse...

Pelo menos algo restou...

Caso contrário, sobre qual outro partido discuturíamos o pragmatismo versus a "pureza" política...

Creio que devemos encontrar o meio termo...

"flexíveis nas ações, mas firmes nos princípios..."

É apenas um slogan, eu sei...!

No entanto, uma agremiação partidária que desconheça os efeitos da "realidade" em seu aparato ideológico está fadada ao isolamento...

A pergunta não é o que o pt se tornou, ou se tornará...

A pergunta é para que poder, para quem, como...?

Respondidas essas questões, acalmaremos grande parte de nossas angústias...

O governo Lula é para nós uma referência...fez alianaças com espectros ideológicos conservadores, admite certa prática clientelista, negocia com o congresso, mas mantém intacta a vocação do presidente e do partido em fazer a opção pelos mais pobres...com todos os erros inerentes a construção dessa alternativa...!

se não fosse assim não sofreria tanto nas mãos do PIG...

o problema da odisséia não é sua "franqueza" a respeito do luta pela hegemonia, e até admitir certas práticas "heterodoxas" para esse embate...

sua questão é uma visão distorcida do poder, que opera com a lógica do "rolo compressor", onde as minorias só existem para legitimar os projetos da maioria que esmaga e isola...

é a velha prática do Campo majoritário, expressa em seu símbolo maior, zé dirceu, que deu no que deu...

o próprio Lula incinerou ele...!

odisséia é nosso zé dirceu de saias...

Anônimo disse...

O caso serve realmente de análise. É completamente equivocada e até mal intencionada a idéia de que Odisséia e esta turma que comunga destas idéias, está querendo ajudar o PT nacional e até Lula.

O Lula e nem o PT nacional precisam desta ajuda. Melhor não atrapalhar do que tentar ajudar. Com posição como esta quem precisa de ajuda, são aqueles que desejam fazer uma limpa na política de Campos. Chega! Depois de 20 anos a cidade precisa de uma 3 Via.

Anônimo disse...

Ao ler a Folha da Manhã deste Domingo, que ao que tudo indica se tornou a principal articuladora da Terceira Via em nossa cidade, o que não deixa de ser uma decepção, ver essa bandeira indo para mãos ultra-conservadoras e oportunistas, me deparei com uma entrevista com Zito, presidente do diretório estadual do PSDB e com Alberto Cantalice, presidente do diretório estadual do PT.
Zito ao que parece, está por dentro dos fatos políticos de Campos, além de se mostrar favorável a formação de uma Frente pela Terceira Via, mas não é nele ou em suas posições que vou me deter.
Quero levantar algumas questões a respeito do presidente estadual do partido, Alberto Cantalice.
Cantalice deixou claro, durante a sua entrevista, que não está a par dos acontecimentos políticos e das disputas partidárias em Campos. Essa desinformação com relação ao partido no município, é uma grande falha, não por estarmos em ano eleitoral, e sim devido às ocorrências políticas/policiais mais recentes que envolveram o governo municipal, que o partido integrava, além ter filiados ao partido envolvidos diretamente no escândalo.
Porém, o espanto maior foi ele deixar transparecer que o partido em Campos tem dono, quando questionado sobre uma possível aliança ele afirma: “Precisamos ouvir isso do Makhoul (Moussalém)”.
Até bem pouco tempo atrás, O PT tinha por tradição, por ser um partido democrático, ouvir os filiados, os delegados ou o diretório, não uma determinada pessoa. Parece que em Campos e no estado do Rio de Janeiro é diferente.
Após ler, essa entrevista, chego à conclusão que a professora Odisséia não estava falando em seu próprio nome e sim em nome de um grupo que hoje é majoritário, dentro do partido no município e do diretório estadual. Essa conclusão veio após ler os seguintes trechos da entrevista, dada por Alberto Cantalice “Nós estamos examinando a possibilidade da candidatura própria, como estamos examinando outras possibilidades. Nós temos um diálogo com o PDT, pouco conclusivo. É fundamental saber como estão os nossos companheiros aí.”, e mais adiante ainda afirma: “O PDT é da base aliada do Lula, então na verdade é o PDT que tem entendimento de aliança conosco. O que pode acontecer é a conveniência local não colocar a gente no mesmo palanque”.
E só pegar a entrevista da professora Odisséia e ver que o ponto de vista dela, é o mesmo e que até as palavras não mudaram.
Agora uma provocação.
Por que não uma aliança com o PMDB?
Ele é o maior partido da base aliada do governo Lula.
È o partido do maior amigo (sic) do presidente o Governador Sergio Cabral, que inclusive abriu mão do seu candidato a prefeito do Rio, para apoiar o candidato do presidente.

gustavosmiderle@gmail.com disse...

Este é um blog de sociólogos, mas eu ainda sou um amador. Sou de um tempo em que a gente se emocionava ao ouvir aquela musiquinha "será que a gente é tão diferente, ou será que os outros são tão iguais...?"

Os analistas conscienciosos corretamente não se permitem colocar no centro do debate a qualidade pessoal dos atores, preferindo focar as instituições, os mecanismos, os processos. Mas isso não elimina a importância relativa da qualidade dos atores. Creio que ninguém ache que tanto faria termos um Jefferson Peres ou um Roberto Jefferson no Senado da República.

Se construirmos um consenso de que a cidade tem que superar a era das quadrilhas, precisamos de algo mais do que pragmatismo eleitoral. Neste sentido, a possibilidade de aliança com o deputado Arnaldo Vianna, por exemplo, representa, até onde posso ver, um colossal descompromisso com o interesse público em nome de um interesse restrito (partidário) de curto prazo.

A meu ver, o discurso da professora não está à altura do momento que atravessamos. Mesmo numa compreensível perspectiva de cálculo racional (parece ser esse o caso), ser altruísta a curto prazo pode ser a melhor maneira de ser egoísta a longo prazo, como se costuma dizer.

xacal disse...

Gustavo,

ótimo comentário...
o tempo só lhe apurou a inteligência e o bom senso, desde os tempos do Liceu...

E ao contrário da regra, era cdf, mas era bom de bola...

Isso quando os saudosos Srb Tassinho ou "Jorge Camburão" não acabavam com nossa festa...

Um abraço...!

Anônimo disse...

Gostaria de fazer uma proposta para analise do Dr, Mackoul, que admiro muito, do diretório e dos filiados do PT.
Está se discutindo muito a Terceira Via para prefeito, mas pouco se fala das eleições para vereador. De nada adiantará o candidato da Terceira Via ganhar as eleições, se tiver uma bancada de apoio fraca ou até mesmo ausente.
É sabido que o PT não conta com um puxador de votos e nem com candidatos conhecidos fora de suas bases. Então porque, não lançar como candidato a vereador o o membro mais conhecido do partido e que nas ultimas eleições provou ser bom de voto. Eu estou falando do Dr. Mackoul. Acredito que se ele aceitasse, certamente seria o mais votado da historia de Campos e o partido poderia ter a maior bancada da câmara e mesmo que não elegesse o candidato do PT a prefeito, teria condições de influir positivamente nos rumos políticos de nossa cidade.
Deixo a sugestão para ser pensada e amadurecida. Estou propondo uma política de longo prazo e que poderá mudar a face de nossa cidade.

Brand Arenari disse...

Aê, esse papo de futebol tá me agradando, quando eu tiver aí eu proponho um desafio: um time dos blogueiros contra os jornalistas tradicionais. Eles fazem um mistao entre Folha, diário, monitor e etc. contra o nosso aqui. Nós já temos eu, Gustavo, Gustavo Cabeça, Xacal. . .

xacal disse...

gustavo cabeça é café-com-leite...!

perna de pau de primeira...troco um gustavo cabeça por duas freiras carmelitas...heheheh!

Roberto Torres disse...

Enfim entro debate. E to adorando porque estamos focando num ponto bem polemico e por issmo mesmo importante e promissor. A relacao entre etica e politca, ideias e interesses. Comeco pelo que anonimo que ressaltou em minha fala como motivo de seu incomodo. Eu disse em um comentario. “não nego que a boquinha seja a motivação principal de grande maioria de nossos dirigentes partidários”, e mais adiante ele “Para amadurecer nosso debate temos que parar com essa coisa de achar de querer boquinha e defeito pessoal. As pessoas motivam sua ação política por interesses mesquinhos sempre que interesses mais ousados não podem ser vislumbrados, não possuem credito social.” Ja me alegra bastante ter criado incomodo, pois e esse tipo de atitude em relacao ao mundo que permite a critica a mudanca, sobretudo a autocritica dos grupos e partidos que se assumem como legitimos porta-vozes da mudanca. Eu fiz uma analise sociologica da politica que, primeiramente, constata a obvia forca dos interesses imediatos na cupula petista, para depois defender que esse incomodo nao pode ser reduzido nem explicado como fruto de pessoas de ma intencao. Se o PT antigamente expulsava aqueles que defendiam a primazia dos interesses mesquinhos e do poder de curto prazo e porque reunia base e motivacao social para legitimar interesses de longo prazo, em lutas sociais cujo desfeco era projetado para o futuro politico. Quando esse base eessa motivacao cessam de existir, a caca aos mesquinhs vira moralismo pequeno burgues, que de esquerda nao tem nada, e que exprime a incapacidade de uma militancia que deveria ter no aprendizado politico ininterrupto seu maior motivo de orgulho, mas que, por covardia em enfrentar os dilemas da historia, ignoram a historia em nome do moralismo barato e conservador.